Esta semana foi divulgado na imprensa e vista aos olhos de diversos expectadores o Brasil ultrapassar a inimaginável marca de 1.000.000.000.000 de reais (1 trilhão) pagos em impostos. Sim , este foi o montante alcançado até o dia 26/10/2010, mostrado no impostômetro instalado na cidade de São Paulo.
Em termos mais concretos, este valor significa que cada cidadão brasileiro contribuiu em média com R$ 5200,00 aos cofres públicos, incluindo bebes e velhos. Significa também dizer que o brasileiro trabalhou mais de 4 meses somente para sustentar a máquina pública.
Não é de se espantar esta marca para aqueles que sabem que o Brasil é um dos países que detém uma das maiores cargas tributárias do mundo, segundo levantamento realizado em 2009 pela Receita Federal, que coloca o Brasil com uma carga tributária de 35%, bem a frente de diversas economias desenvolvidas como: Japão (17,6%), Estados Unidos (26,9%), Suíça (26,9%), Canadá ( 32,2%), Espanha ( 33%), entre outros.
É de se espantar sim o comentário feito por nosso presidente em entrevista, onde diz que a tributação brasileira é leve e insuficiente.
O revoltante nesta história é como um país, que tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo, convive com um sistema previdenciário falido, um sistema de saúde que não consegue suprir a demanda de seus doentes, um sistema de segurança ineficiente, onde não podemos sair nossas casas despreocupados pois somos reféns de traficantes, bandidos ou qualquer outro tipo de violência, de um sistema de transporte que literalmente não existe, pois o tempo que se perde para ir de um lugar para outro é surreal, de um sistema de saneamento básico incipiente, onde menos de 50% da população não tem um sistema satisfatório de água e esgoto e um sistema de educação que é uma farsa, onde os alunos fingem aprender e os professores fingem ensinar.
É no mínimo curioso como um país que consegue arrecadar mais que 1 trilhão de reais em impostos, que detém uma das economias mais prósperas da década, com taxas de crescimento de 5% a.a., convive com esta realidade. Onde está o problema?
Ineficiência na administração publica aliada à corrupção dos governantes são as principais causas deste disparate. E isto nos remete ao momento de hoje, ou ao momento ao qual passamos. Escolha de bons governadores, maior fiscalização da população sobre os recursos públicos, para que estes sejam bem investidos, e conscientização de todos em saber distinguir o que é certo do errado, são algumas das soluções para este problema.ps: o que me admira mais, é por que, os candidatos hoje a presidência, não comentam nada a respeito sobre impostos???
